Incêndio no aterro sanitário revela drama da poluição atmosférica em Marabá

Os grupos que mais sofrem são os idosos e as crianças, pois a inalação da fumaça pode provocar infecção do sistema respiratório, por exemplo
Captura de tela mostra equipes trabalhando na contenção do incêndio no aterro sanitário municipal | Foto: Reprodução
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Na região sudeste do Pará, os meses de julho, agosto e setembro são notadamente marcados pela elevação nas temperaturas devido à diminuição na precipitação e ao clima mais seco. Consequentemente, ocorre o aumento no número de queimadas nas zonas rural e urbana, causando incomodo à comunidade pela poluição atmosférica, riscos de incêndio e destruição da fauna e flora. Em Marabá, equipes de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro, Secretaria de Viação e Obras Públicas, Secretaria de Meio Ambiente e Serviço de Saneamento Ambiental estão tendo bastante trabalho para conter um incêndio misterioso no aterro sanitário da cidade. O drama já dura quatro dias, mas foi na noite desta terça-feira (27) que ficou mais aparente, levando centenas de moradores para as redes sociais.

Atear fogo no lixo, em restos de poda ou roçagem, e em terrenos ou espaços vazios com muito mato é uma prática comum dos moradores em Marabá. Os grupos que mais sofrem são os idosos e as crianças, pois a inalação da fumaça pode provocar infecção do sistema respiratório, asma e bronquite; irritação nos olhos, nariz e garganta; tosse; falta de ar; vermelhidão e alergia na pele; conjuntivite e distúrbios cardiovasculares.

Na Central do Disque-Denúncia Sudeste do Pará, no período de 1º de janeiro a 28 de julho deste ano, foram registradas 65 denúncias sobre queimadas no município de Marabá. Os bairros mais denunciados são Nova Marabá (46%), Vale do Itacaiunas (8%), Bom Planalto (5%), Residencial Morumbi (5%) e Velha Marabá (5%).

Com o aumento nos números de denúncias de queimadas em Marabá, o Programa Linha Verde (criado pelo Disque-Denúncia para se fortalecer como canal para o recebimento de denúncias sobre crimes ambientais) intensifica as campanhas com objetivo de conscientizar a população sobre os danos que essa ação causa ao meio ambiente e à saúde da população.

Para denunciar anonimamente, a população pode entrar em contato com o Linha Verde por meio do telefone fixo e WhatsApp (94) 3312-3350, ou pelo aplicativo do Disque-Denúncia Sudeste do Pará, disponível para iOS e Android.

O Disque-Denúncia pede para a população que, além de indicar o local do foco das queimadas, é importante citar o nome da pessoa que provocou o incêndio. Caso seja comprovada a culpa do indivíduo, o incendiário pode responder na forma da lei. (Vinícius Soares, com informações do Disque-Denúncia Sudeste do Pará)

Foto: Divulgação